Como se diagnostica a DPOC?

Como suspeitar?

O processo de diagnóstico da DPOC começa com uma avaliação detalhada da história médica da pessoa.

Nessa investigação médica, os profissionais vão perguntar sobre os sintomas respiratórios tipicos da DPOC, se existe exposição a fatores de risco conhecidos da doença, se existe histórico de tabagismo, antecedentes familiares importantes ou a ocupação profissional da pessoa.

Isto é um passo imprescindivel para ajudar o médico a identificar se estão presentes os padrões de sintomas e fatores de risco mais associados à DPOC, de modo a se avaliar os exames necessários.


medico doente
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A espirometria

Os testes de função pulmonar, nomeadamente a espirometria, são uma ferramenta fundamental e essencial para diagnosticar a DPOC. Não existe diagnóstico sem a realização deste exame.

Em termo gerais, a espirometria é um exame não invasivo que mede os fluxos de ar que uma pessoa pode expirar e a rapidez com que o consegue fazer.

O exame é simples: a pessoa é instruída a inspirar profundamente e, em seguida, a exalar rapidamente, até aguentar, no bucal do aparelho. É assim determinada a quantidade de ar que o doente pode expirar durante o primeiro segundo (FEV1) e a capacidade total forçada (FVC). O diagnóstico de DPOC é confirmado quando a relação FEV1/FVC é menor que 0,7, após a administração de um broncodilatador de curta acção.

O broncodilatador é um fármaco que tem o efeito pretendido de "dilatar"(abrir) os brônquios. Este é administrado através de um inalador pressurizado (a vulgar "bombinha").

Para saber mais sobre o exame, os seus passos e como se preparar, veja a nossa secção especial.

espirometria
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Outros exames que podem ser úteis

O médico irá determinar quais os exames adicionais que são necessários para esclarecer ou complementar o estudo do seu caso em particular. Relembramos que a decisão sobre estes exames depende sempre da orientação por parte do médico assistente.

Pletismografia: Para além da espirometria, a pletismografia é outro método utilizado para avaliar a função ventilatória pulmonar. A pletismografia é um exame mais completo que o anterior, permitindo também determinar os volumes pulmonares.

Deste modo, permite determinar a capacidade pulmonar total, incluindo o volume de ar que os pulmões podem conter após uma inspiração máxima. Este teste permite uma visão mais abrangente da função pulmonar, incluindo a detecção da hiperinsuflação pulmonar, que pode ocorrer em doentes com DPOC.

Não é necessário este exame para o diagnóstico da DPOC - a espirometria com teste de resposta ao broncodilatador é suficiente.

Teste de Capacidade de Difusão: Este teste permite que o médico perceba em estado está a capacidade de transferência do oxigénio que chega aos alvéolos (no pulmão) para o sangue. Este é, no fundo, o objetivo de respirarmos.

Uma redução nesta capacidade pode indicar que existe algum problema a nivel dos alvéolos, no parênquima pulmonar ou mesmo nos vasos. É cada vez mais um parâmetro importante na avaliação da DPOC, mas não é essencial para o diagnóstico, estando muitas vezes reservado ao acompanhamento destes doentes em contexto hospitalar.


Gasometria Arterial:
Uma pequena amostra de sangue das artérias é retirada para medir que exista uma determinação mais exata dos níveis de oxigénio e de dióxido de carbono no sangue.

Este exame também ajuda a avaliar melhor a eficácia da troca de gases nos pulmões. Não é necessário para o diagnóstico.


Exames de Imagem: Embora os testes de função pulmonar sejam a base para o diagnóstico de DPOC, a radiografia de tórax ou as tomografias computadorizadas (TAC) podem ser pedidas para avaliar melhor a extensão de como a DPOC afecta os pulmões (nomeadamente, se existe enfisema), mas também para excluir outras doenças ou avaliar a presença de complicações.

Outros exames: Análises, Prova da Marcha dos 6 minutos, ecocardiograma, entre outros.

investigação
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